Quanto mais cedo, melhor: janela de oportunidades no desenvolvimento cerebral e cognitivo, Bernadette Benitez
Evidências científicas e clínicas atuais sugerem que o ecossistema da natureza e as variáveis nutricionais impactam o desenvolvimento cerebral inicial. Com o desenrolar de processos dinâmicos do neurodesenvolvimento, como formação neuronal, mielinização e conexões sinápticas, a nutrição adequada, especialmente o aleitamento materno, nos primeiros 1000 dias como principal impulsionador desses processos. Mesmo com o advento de novas modalidades de pesquisa utilizando ressonância magnética, evidências continuam a apontar para a influência significativa da nutrição no desenvolvimento cerebral inicial, particularmente a mielinização, que é preditiva da cognição. Estes podem subsequentemente afetar a capacidade de aprendizagem de uma criança, a saúde física e mental geral, a capacidade de se adaptar ao ambiente e a capacidade de se tornar um adulto produtivo que é autossuficiente e capaz de sustentar sua família e comunidade. A recente pandemia também mostrou seu impacto na nutrição, no comportamento e no desenvolvimento das crianças. Estudos mostraram achados associados à menor interação social e de linguagem entre crianças e pais ou cuidadores.