Microbioma: Desvendando os mecanismos da alergia alimentar na era das doenças não transmissíveis

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As doenças crônicas não transmissíveis, incluindo as alergias, têm prevalência crescente na sociedade moderna, e muitos fatores de risco para essas morbidades são programados na infância. A janela crítica de oportunidade é desde a concepção até os 24 meses, que também é o período fundamental para o desenvolvimento e maturação da microbiota. O estilo de vida moderno diminui a exposição microbiana, dificultando as respostas imunorregulatórias e alterando a microbiota comensal. Essa alteração predispõe o indivíduo ao desenvolvimento de alergias alimentares. A microbiota intestinal suporta a função de barreira intestinal e, quando essa função é prejudicada, pode levar à produção de citocinas e inflamação sistêmica. O Prof. Bruno Barreto explicou que a disbiose está associada ao aumento da permeabilidade intestinal, o que proporciona uma importante passagem para os alérgenos e aumento do risco de sensibilização. Portanto, é importante aumentar a diversidade microbiana ao longo do tempo através da dieta, começando pelo leite humano, especialmente nos primeiros anos de vida. A amamentação impacta positivamente o microbioma intestinal precoce e confere proteção contra doenças alérgicas.